Em busca de nós mesmos

Postado por Rô Maia

Eu fui atraida por um livro nesses últimos dias... Uma amiga estava lendo ele. A capa me chamou a atenção, depois o autor e ainda mais o título. É claro que agora estou lendo esse livro - A BRUXA DE PORTOBELLO, de Paulo Coelho. Estou ainda na metade, mas existe alguma coisa nele que então pude entender a "energia" que me atraia pra ele... a personagem buscava a si mesmo e a Deus, através da música. Muita coisa que Paulo Coelho escreveu na história coincide com o que penso e até falei no último post.

A fórmula mágica da música em nos energizar, em trabalhar a nossa concentração em nós mesmos e o quanto isso nos remete a Deus e nos deixa em sintonia com o mundo, através dessa energia que se cria dentro de nós.

Você já experimentou ligar o som, apagar a luz e dançar ao ritmo da música, da maneira que você quiser, sem se preocupar com passos, coreografias? Apenas deixar a música entrar dentro de você e então você começa a se movimentar conforme o que vai sentindo?

Eu faço isso muitas vezes e essa identificação com a Athena no livro foi uma grata surpresa, mas ao contrário da personagem de Paulo Coelho, eu nunca entrei em transe, mas sinto uma felicidade e paz imensa... como Athena, me sinto realmente iluminada.

Mas vejam, esse meu encontro comigo mesma através da música e da dança, também ocorre com a minha filha quando dança e quando pinta, acontece com o meu filho quando se envolve com seus cálculos matemáticos... ocorre com tudo que envolva concentração e disposição para enxergar a si mesmo, mesmo que por um breve instante. E não importa se é pagode ou dança árabe. Se é jogar paciência no micro ou escrever, escrever, escrever...

Vejam outro detalhe importante no caso da música: pelo menos em mim, a música árabe em sua maioria é agitada, dançante... pois é uma das músicas que mais me relaxam.

E então a arte como movimento de busca interna: quando estou tecendo ou bordando, ou ainda, fazendo decoupage, eu me concentro de tal maneira e vou conversando comigo mesma e isso me ajuda a uma reorganização interna muito importante. Percebo isso pois essa reorganização se reflete no restante da casa, na atenção com meus filhos, no meu trabalho. É a arte transformando-se em ato, benéfico e contínuo.

A aproximação com Deus na música e nas artes em geral, está presente em todas as religiões. Nas músicas da igreja adventista, como força de glorificar a Deus; na música e rodopio dos dervixes no sufismo; nos mantras; e tantas outras maneiras que vamos estar falando aqui. É a arte nos aproximando de Deus e de toda essa energia cósmica que gira em volta de nós.

Muito bem, quem se candidata a falar um pouco mais sobre isso????

Alguns links interessantes:

Sobre Sufismo

Paulo Coelho

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