Mulheres na arte - PAGU

Postado por Rô Maia



Pela segunda vez assisto ao filme Eternamente Pagu. Na primeira vez, assisti normalmente como a maioria das pessoas querendo conhecer a história, mais curiosa sobre quem era Pagu, como desenrolava a história e como terminaria.

Desta vez foi diferente. Eu assisti o filme me perguntando: “O que representou Pagu para a história do Brasil?” E comecei a ver detalhes que antes eu não havia percebido. Pagu foi mais que uma escritora, jornalista e militante comunista. Vocês sabiam que Pagu foi quem trouxe as primeiras sementes de soja da Ásia para o Brasil e que hoje é um dos nossos produtos agrícolas de maior produção? Foi a primeira presa política brasileira? Que entrevistou Sigmund Freud e assistiu a coroação de Pu-Yi, o último imperador chinês?

Patrícia Redher Galvão, antes de se tornar Pagu, já possuía um comportamento rebelde e de vanguarda para as mocinhas de sua época, usando roupas decotadas e transparentes, pintando os lábios de roxo, fumando na rua. Aos 15 anos já escrevia para Brás Jornal e aos 18, logo após se formar na Escola Normal da Capital, em são Paulo, já se integrou ao movimento antropofágico, sob a influência de Oswald de Andrade e Tarsilia do Amaral, ficando conhecida como a musa do movimento. Ao contrário do que dizia, não participou da Semana da Arte Moderna. Tinha 12 anos na época.

Pagu defendia a participação ativa da mulher na política brasileira. Escandaliza a sociedade ao casar-se com Oswald de Andrade, após a separação de Oswald e Tarsila do Amaral. Foi correspondente de vários jornais, foi presa, torturada. Mas não deixou que sua força e sua energia perdessem o viço nesses anos de luta.

Escritora, foi dela o primeiro romance do proletariado brasileiro, Parque Industrial, em 1933, sob o pseudônimo de Mara Lobo.

Há tanta coisa a se descobrir e aprender sobre Patrícia Galvão, a Pagu. Tanta literatura, sites, filmes e poesias em sua homenagem. Não deixem de ver e descobrir a garra dessa escritora e jornalista brasileira. Uma das mulheres mais influentes do século 20.

Pagu



Patrícia Galvão

0 comentários:

Postar um comentário